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quarta-feira, 12 de maio de 2010

O Profeta do Sertão

Por Levi Gabriel

Amós viveu durante o reinado de Jeroboão II, época em que Israel experimentou grande prosperidade econômica.
Em Samaria havia a frenética construção de novos prédios, dinheiro era gasto a toa e a sociedade era entregue a vida de estonteante luxúria.
Aquela minoria era sustentada com todo seu luxo pela maioria da nação da qual Amós fazia parte. Vaqueiro e cultivador de figos, este homem simples que era morador do pequeno povoado de Tecoa, via caravanas passando pelas estradas levando a farta opulência oriental a grande metrópole de Samaria.
A pergunta que ardia em seu coração era: porque alguns vivem em meio a tanta prosperidade e opulência sem trabalhar enquanto outros vivem numa labuta opressiva?
Como pode existir essa contradição na terra do Deus da justiça?
E é exatamente neste contexto de injustiça, desigualdade social que Deus levanta o profeta sertanejo, que nem era instruído em escola de profeta, para denunciar o pecado da nação. E este o faz através dos instrumentos que estavam a seu alcance, dentro do seu contexto cultural: a mensagem cantada.
De inicio a mensagem foi aceita, já que a denúncia era aos inimigos de Israel, mas no momento em que ela tem como alvo a indiferença dos Samaritanos e seu estilo de vida materialista, o profeta compra uma briga com o sacerdote Amazias que não só apoiava como abençoava tudo aquilo.
O livro de Amós mostra algumas coisas muito interessantes para nós, já que vivemos num contexto social perverso, marcado por essas injustiças.
• Em primeiro lugar a preocupação de Deus para com os pobres.
• A pobreza não é fruto apenas do pecado individual, ela provem na maioria dos casos do pecado social.
• O perigo da Igreja estar apoiando esse pecado social sendo conivente com ele, como o sacerdote Amazias fez.
• A falta de arrependimento trará o juízo de Deus.
• A promessa de uma sociedade justa, que faz parte da redenção que Cristo proporcionou.
Como Igreja não podemos nos calar diante de tal realidade, precisamos denunciar o pecado da ganância, do materialismo e do individualismo e convocar a sociedade ao arrependimento, que começa pelo povo de Deus. E sermos ainda agentes de Deus na construção de uma sociedade mais justa.

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