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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Vaqueiro Profeta






Por Levi Gabriel

Amós era um homem lá do Sertão,
Vivia em meio à labuta e opressão;
Das ovelhas e do gado, ele cuidava,
E figos silvestres também cultivava,

Com o fim de vender na estrada a quem passasse,
Pra que sua fome assim amenizasse.
A condição de moradia não era boa,
Esta era a realidade de Tecoa.

Ele não entendia, pois enquanto seu povo sofria,
As caravanas levavam fartura, pra rica Samaria.
A metrópole vivia em estonteante luxúria,
Enquanto Tecoa sem prazer, era entregue a penúria.

A minoria vivia em prosperidade sem trabalhar,
Enquanto a maioria labutava à agonizar.
Eis a pergunta que ardia em seu coração:
Na terra do Deus da justiça, como pode tal contradição?

Nesse contexto Deus chama esse vaqueiro do Sertão,
Pra ser profeta, mesmo sem estudo e formação,

Vai a Samaria pra mensagem anunciar,
E em forma de verso e prosa ele vai cantar.

No principio a mensagem a todos agradou,
Pois foi o pecado dos inimigos que ele denunciou,
Mas quando o alvo foi seu estilo de vida materialista,
Viraram as costas e vaiaram o nosso repentista.

Não mais queriam que ele profetizasse,
Pois desejavam uma mensagem que a todos agradasse,
Até o sacerdote Amazias precisou vir,
Para o nosso profeta vaqueiro advertir.

Pois a injustiça social da nação,
Tinha a benção e o aval da religião,
Mas mesmo diante do fardo que carregava,
O profeta vaqueiro, com coragem anunciava:

“Juízo de Deus vem por causa desse mal,
Ele vai dar fim ao pecado estrutural,
Manifestar sua justiça e verdade,
E revelar aos pobres sua bondade.”


Esta história lembra a nossa nação,
Pois todo governo aqui impõe opressão,
Como o profeta esse pecado devemos denunciar,
E ao pobre irmos juntos libertar!


(Baseado no livro de Amós)

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