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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O Pai Nosso e Suas Implicações Para a Vida

Pr. Levi Gabriel

Mateus 6:9-13

Podemos afirmar que o texto acima é o mais conhecido de toda a bíblia. Ainda mais pelo fato de estarmos em um país com influência cristã.
Embora Jesus estivesse ensinado uma oração aos seus discípulos o conteúdo desta carrega a essência da vida cristã. Esta, podemos dizer que possui duas perspectivas: uma vertical que implica a nossa relação com a divindade e outra horizontal que fala da nossa relação com o próximo.
Ele inicia chamando Deus de “Aba Pai” ou papai para nós. Ao dizer isto ele nos mostra que podemos ter uma relação de profunda intimidade com Deus. Este como um bom pai irá nos acolher.

No entanto em sua segunda afirmação sobre Deus, Jesus trás um equilíbrio para o entendimento desta relação. Ele é papai, mas “está no céus”. Ele habita no alto e sublime trono, é um Deus Santo, Santo, Santo e por isto não pode ser tratado de qualquer maneira. O discípulo deve ter reverência e temor diante deste Deus.

Por último Jesus nos mostra que o discípulo deve estar debaixo da missão e da vontade deste Deus, engajado com o “Seu Reino” e a “Sua vontade”. Ele é um filho obediente que serve o seu Papai, afinal de contas quem ama obedece.

E no que implica esta missão? 

Jesus passa então a descrever a perspectiva horizontal da vida cristã: 

Este discípulo comprometido com a vontade do Pai expressa a santidade do seu Deus na relação com o próximo, pois Deus se manifesta na relação onde há dois ou três.(Mt 18:20)
O pastor Paulo Junior da Igreja Sal da Terra comenta que a santidade deve ser vista numa perspectiva de natureza e neste sentido ela é relacional, pois tanto Deus como nós somos seres relacionais. Não é por acaso que Jesus orou com fervor pela unidade do seu povo e primou por vida em comunidade.
As implicações desta santidade são vistas no restante da oração, que, diga-se de passagem, está em primeira pessoa do plural confirmando este fato.
Jesus ao dizer “Pai Nosso” nos coloca em situação de igualdade. Ninguém pode se considerar melhor do que o outro, mas desenvolver uma relação de fraternidade, precisamos nos ver como irmãos. Tal princípio de igualdade se encontra no primeiro capitulo de Gênesis: “Criou Deus o homem a sua imagem” (Gn 1:26). Portanto se o ser humano foi criado a imagem de Deus deve ser tratado com respeito e dignidade.

 Isto é algo tão intenso que Jesus diz que no Reino de Deus não existe “pão meu”, mas só há espaço para o “pão nosso”. A vida cristã é uma vida de partilha, o discípulo vive sob um lema: “É melhor dar do que receber” (Atos 20:35). Ele não consegue sentir-se bem diante da fome do outro. Ele é tomado de empatia, de compaixão e por isso divide o que têm. Ele é um promotor de justiça.

 Por fim Jesus diz que esta comunidade de discípulos deve ser terapêutica. Por estar dentro de um processo no qual ainda não se vê livre da "presença" do pecado ela deve estar comprometida em perdoar. Até porque isto se torna condição para sermos curados por Deus.

Podemos perceber que a vida cristã é fascinante, mas ao mesmo tempo desafiadora. Todavia Cristo nos encoraja dizendo que quando priorizamos Deus, santificando “Seu Nome”, buscando o “Seu Reino” e fazendo a “Sua Vontade” ele o Pai cuidará de nós provendo o pão de cada dia, curando nossas vidas através do seu perdão e nos fortalecendo diante das ciladas do maligno. Diante disto não há outra maneira de se viver que não seja para expressar a declaração final:

“Porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém"!

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