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terça-feira, 30 de abril de 2013

Sete Atributos Da Igreja do Senhor Jesus!


Por Levi Gabriel

Texto: Mateus 16:13-27

Introdução:
Estamos presenciando um momento histórico muito complexo. Este período marcado pelo pluralismo tem trazido desafios para a Igreja.
Tudo é questionado, nada é colocado como digno de modelo, como paradigma. O fato é que só existe um absoluto em nossa sociedade, a de que não existe absoluto, nem verdade.
Isto tem gerado muita confusão entre cristãos, no que diz respeito à maneira de se portar enquanto Igreja do Senhor. Alguns se prendem ao fundamentalismo religioso e modelos apologéticos que eram mais eficientes na chamada Modernidade. Por outro lado vemos os liberais com um discurso em nome da democracia e da liberdade abrindo mão muitas vezes de princípios que estão claros nas Escrituras.

Elucidação:

Parece que muito da nossa confusão se dá pelo fato de darmos ouvidos a correntes filosóficas e não a Palavra, perdendo assim a consciência do que é “ser igreja”. Apegamo-nos a alguns pontos ao invés de enxergarmos tudo àquilo que é e deve ser comum a Igreja.
Este texto trata da primeira menção a palavra Igreja na Bíblia e nos fala de alguns atributos vitais a ela em sua vivencia.   

Tema: Sete Atributos Que a Igreja Deve Ter!

No primeiro verso do texto podemos pensar em duas situações que são comuns no ministério de Jesus e também na Igreja Primitiva:

1.      A Igreja é Dinâmica; (13)
O texto diz que eles estavam chegando a Cesáreia, Marcos usa a expressão estavam se aproximando. Estavam caminhando, estavam em movimento.
1)      Esta descrição nos remete como eu disse a algo peculiar no ministério de Jesus e na vida da Igreja, o povo do Caminho.

2)      A igreja não é uma organização, mas sim um organismo. Ela não é algo estático, mas um processo.

3)      As figuras do NT para a Igreja nos mostram isto:

§  Corpo que não alcançou a plenitude, prédio em construção, noiva que não se casou família que não está completa.
§  Ilustração dos hebreus nas tendas.
4)  Isto implica pelo menos em duas coisas:
                                 I.            Primeiro que a forma muda, mas o conteúdo não. Precisamos discernir nosso contexto social para dialogar com ele. Foi um dos grandes embates de Paulo com os cristãos judeus, levar o vinho e não o odre aos gentios.
                              II.            Assumir a responsabilidade do ser Igreja em qualquer lugar!

§  O que nos leva ao segundo atributo da Igreja:

2.      A Igreja é Para Fora; (13, 18)

É curioso o fato desta conversa acontecer em direção à região mais pagã de Israel: Cesaréia Filipal.
Herodes Filipe dedicou esta cidade ao imperador César, aquela região era extremamente idólatra, mas é pra lá que Jesus vai com os discípulos.

                   I.            A Igreja encontra seu significado real do lado de fora das quatro paredes.

                II.            Jesus ensinou muito pouco no templo. Em Marcos ele aparece apenas três vezes.
             III.            As figuras usadas por Jesus nos fala sobre isto: Sal, Luz e Ovelhas entre lobos.
             IV.            Quando a Igreja padece por coisas insignificantes é sinal que ela está pouco comprometida com o lado de fora.

Agora precisamos compreender como estar do lado de fora:

3.      A Igreja é a Comunidade do Confronto; (14)

A resposta dos discípulos sobre como Jesus era visto pelo povo revela algo importante sobre nossa mensagem e posicionamento.
Ele foi comparado com profetas de confronto: Jeremias, Elias e João Batista.

§  A mensagem de Jesus ia na contramão da filosofia secular: “arrependei-vos”, “mudem vossa mente”.

§  Nossa mensagem possui um lado de confronto: denunciar o erro, apontar a ferida.

§  Paulo usa três expressões diferentes quando encoraja Timóteo e a igreja na pregação do Evangelho:

                                                                     I.            E a primeira expressão “repreende” no grego trás a ideia de mostrar o erro, expor mostrar culpado.
                                                                  II.            O sal mencionado tem esta ideia negativa: de evitar a deterioração da carne. O sal quando esfregado arde.
                                                               III.            Você só busca remédio quando foi constatado que está doente.
Agora é evidente que a pregação não se restringe a isto, ela possui uma segunda característica, que é nosso quarto atributo:

4.      A Igreja é a Comunidade da Confissão; (15-16)

Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”.

Ele estava dizendo que Jesus era Deus, era o Redentor, que ele era o Absoluto.

§  Se por um lado mostramos a enfermidade (pecado), por outro mostramos o remédio: Jesus Cristo!

§  Este é o único capaz de redimir o homem. Ele é o único capaz de nortear vidas, sociedades promovendo vida.

§  E nós somos o povo que deve confessá-lo dia após dia perante a sociedade. Nós sabemos a resposta para os problemas, temos a base sobre onde se deva construir a vida.

Essa confissão, no entanto não deve ser uma mera exposição teórica. Não podemos incorrer no erro da Igreja Moderna que sem perceber reduziu o Evangelho apenas ao que pode ser conhecido cientificamente.

Evangelho é uma pessoa, e só podemos conhecê-la se o Pai nos revelar:

5.      A Igreja é a Comunidade da Revelação; (17)

A Igreja é formada por pessoas que tiveram esta revelação do Pai. Que tiveram suas mentes iluminadas pelo Espírito Santo de Deus.

§  Pessoas que se relacionam com Jesus. Mateus 7:23 “nunca os conheci”.
§  A palavra implica em conhecimento adquirido pela experiência de uma relação.
§  Esta Igreja não lança informações sobre Cristo apenas com a pretensão de que as pessoas estejam ajustando mecanicamente suas vidas a Ele, ela trás os indivíduos para um relacionamento, para uma caminhada, pois evangelizar é discipular, andar junto.
§  E nesta caminhada as pessoas vão assimilando, vão sendo transformadas, pois vão visualizar Jesus em nós!
§  E as pessoas vão apreendendo dentro do seu próprio tempo, é antipedagógico avaliar pessoas de maneira igual. 
É a partir desta revelação sobre a pessoa Cristo que recebemos o sexto atributo:

6.      A Igreja é a Comunidade da Autoridade; (18-19)

Veja que é a partir da revelação de Pedro que Jesus disse que edificaria sua igreja e concede autoridade a ela:

                   I.            Sobre o inferno. Ela é quem avança, ela é quem ataca.

                II.            Recebemos também autoridade para ligar e desligar:
a.       Comunidade da Reconciliação.
                                                                          i.      Veja que este é o primeiro propósito da Igreja, é sua prioridade.

b.      Comunidade da Disciplina;

                                                                          i.      A Igreja é agente de disciplina para os cínicos.  
                                                                        ii.      Isto deve também fazer parte da vida da Igreja, a fim de estabelecer limites, promover santidade.
                                                                                           
7.      A Igreja é a Comunidade da Entrega; (20-27)

A Igreja por fim é a Comunidade que assume a cruz, a vida no altar, a vida de sacrifício. 
      Isto é o que Jesus afirma no verso 24:
       Seguir seu projeto de vida; Renúncia; Tomar a cruz;
Não é possível segui-lo conservando nosso ego. Pedro não compreendeu que a cruz era imprescindível. Que sem sofrimento não há glória.
§  Somos a Comunidade que descobriu o motivo pelo qual morrer para poder viver.
“Se um homem não descobriu algo por que morrer, ele não está preparado para viver.” (Martin Luther King)
§  Somos a Comunidade que sofre pelos pecados do mundo.
“Ovelhas destinadas ao matadouro”. Levar sobre si o pecado do mundo.
Dietrich Bonhöffer afirma: "A igreja só é igreja quando existe para os outros".

  Conclusão:

Vimos que a Igreja possui características que lhe são inerentes. Ela é dinâmica, ela é para fora, ela é a comunidade do confronto ao mal, a comunidade da confissão, da Revelação, da autoridade e da entrega.
No entanto te digo que vale a pena se engajar no Reino de Deus, na causa de Cristo. Vale a pena perder a vida para ganha-la de fato. Vale a pena colocar os olhos e ansiar pela pátria celestial, que o que vale a pena não são bens, posições, fama, mas sim ser achado fiel por Deus.

Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. 
(Mateus 16:27)

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