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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Evangelho Subversivo

Por Levi Gabriel

Subversivo 

No sentido revolucionário, que vem para “virar de cabeça pra baixo” (Atos 17:6) e colocar o mundo caído dentro do padrão de Deus. Embora isto, só acontecerá plenamente na eternidade, já se podem ver sinais deste Reinado através da comunidade dos discípulos. 

Processo este, bem definido por C.S. Lewis e Robinson Cavalcanti: 

"O cristianismo é a história de como o rei por direito desembarcou disfarçado em sua terra e nos chama a tomar parte numa grande campanha de sabotagem".

"A missão da igreja é manifestar aqui e agora a maior densidade possível do Reino de Deus que será consumado ali e além."

Podemos perceber no texto de Marcos capítulo seis, alguns princípios que nos mostram esta proposta revolucionária.

Em primeiro lugar, a proposta é revolucionária, pois é prioritariamente diaconal do que uma busca por autossatisfação.
Jesus propõe um tempo de descanso com os discípulos, mas ao se deparar com a multidão muda os planos e a necessidade de “descanso” cede lugar para o serviço.

Ora, isto confronta a religiosidade evangélica do cenário brasileiro, que produz “consumidores da fé”. Pessoas com a mentalidade em receber, cujas orações não conseguem extrapolar os limites do individualismo. O sujeito não enxerga além de seus desejos.

O fato é que não foi por acaso que Paulo ao fazer referência a Jesus diante dos anciãos em Éfeso disse: “Há maior felicidade em dar do que em receber”.

Em segundo lugar a proposta é subversiva porque ao contrário deste modelo patriarcal, autoritário e opressor que faz do povo massa de manobra ela gera maturidade.

Jesus ensina o máximo possível ao povo naquela circunstância. Em seu ministério há dialogo com os discípulos, há espaço para o questionamento e até mesmo para “ignorantes repreensões” como no caso de Pedro.

Porque Jesus gera gente que pensa, gente resolvida. Que cresce a fim de alcançar a maturidade. No entanto esta maturidade não desemboca numa atitude de independência e autossuficiência do individuo, mas antes na decisão de andar em comunidade.

E aqui vemos um terceiro ponto da proposta: Vida Comunitária e não individualista. Pois estar em Cristo é expressar sua imagem, a imagem do Deus Pai, Filho e Espirito. A imagem do Deus comunitário, do Deus Família.
Não é possível viver a vida cristã, se não for de maneira comunitária.

E por fim, a proposta é subversiva por ser sobrenatural e não humana. Pois uma comunidade que dá preferencia ao outro, partilha o que têm, ensina sem reservas a fim de gerar gente pensante (independente do trabalho que dê por questionar), que visa combater o mal e os agentes de morte, só pode dar certo, debaixo do poder de Deus.

E é neste Dynamis que a comunidade dos discípulos anda.

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