A palavra é ANARQUIA. O prefixo (“an-“) é o equivalente ao inglês “un-“, que significa “não”;particularmente não significa “anti-“ ou contra. Então, estamos falando de algo que é mais não alguma coisa do que algo oposto ou contra alguma coisa. A raiz “-arquia” (na qual eu fiz o termo em inglês soletrado a-r-k-y) é um termo comum grego que significa “prioridade”, “primazia”, “primordial”, “principal”, “príncipe” e afins. (Olhe a última frase e perceba que “pri-“ é simplesmente o equivalente latino ao grego “arquia”).
O aparecimento mais freqüente de “arquia” no Novo Testamento é traduzido como “princípio”. De fato, em Colossenses 1:18 Paulo identifica Jesus como “o princípio”, “o primogênito”, “A ARQUIA”. Entretanto, nossa preocupação em particular com a palavra nos escritos de Paulo é onde ela é traduzida como “principados”. Claramente, o apóstolo assume que vivemos em um mundo repleto de arquias, que ameaçam esmagar-nos – e estão em uma batalha constante pela primazia.
Então, para nós, “arquia” identifica qualquer princípio de governança que reivindique ser um valor primário para a sociedade. “Governo” (que é determinado para governar ações e eventos humanos) é um bom sinônimo – contanto que sejamos claros, que arquias políticas estão longe de
serem apenas “governos” que nos cercam. Em absoluto; igrejas, escolas, filosofias, padrões sociais, pressões entre colegas, modismos e modas, publicidade, técnicas de planejamento, teorias psicológicas e sociológicas – são todos arquias que desejam nos governar.
serem apenas “governos” que nos cercam. Em absoluto; igrejas, escolas, filosofias, padrões sociais, pressões entre colegas, modismos e modas, publicidade, técnicas de planejamento, teorias psicológicas e sociológicas – são todos arquias que desejam nos governar.
“Anarquia” (“sem arquias”), é simplesmente o estado de não ser impressionado com; desinteressado em; cético em relação a; indiferente para; e não influenciado pelas reivindicações pretensiosas de toda e qualquer arquia. E “Anarquia Cristã” – o tópico especial deste livro – é uma “sem arquia” motivada pelo cristianismo. Precisamente por que Jesus é A ARQUIA, o Princípio da Criação, a Essência de Todo o Bem, o Príncipe da Paz e Tudo Mais; cristãos não se atrevem a garantir a uma arquia humana a primazia que esta última reivindica. Precisamente porque Deus é o Senhor da História, é que nunca ousamos admitir que é no resultado da controvérsia da arquia humana que a determinação da história repousa.
(Vernard Eller. Anarquia Cristã)
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